sábado, 27 de outubro de 2007
Circunlóquios à parte..
nos últimos dias, tenho me sentido à la Seu Sabino: "Não sou poeta e estou sem assunto."
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Pensando alto..
Terminada a semana de estágio escravo (ou como diz minha coordenadora, a semana foi “pauleira”!) e passada a entrevista com os autores do Elite da Tropa e com o Zé Padilha, do Tropa de Elite (olha que perdi um bocado de noites de sono por causa deles e da UFRJ)nada como começar a sexta-feira falando de coisas que estão fora do meu alcance, como as estrelas por exemplo. Parto do princípio de que se a simples contemplação de um céu estrelado já nos traz um pouco de paz e a sensação de vida eterna, então falar sobre – o que exige um pensar prévio – sei não, mas deve dar uma onda das boas. E eu espero, sinceramente, que toda a “pauleira” mundana fique bem, bem piquititinha. Em nome do Pai, do Filho..e assim seja!
ANTIGAMENTE, nossos antepassados olhavam as estrelas com a certeza de que elas sempre estariam lá, coladinhas no céu. Mas, num belo dia, (e eu ainda haverei de entender por que toda revelação sempre se dá num belo dia, e tenho certeza que isso se dará num belíssimo dia) elas se foram. Alguém mirou a abóbada celeste com uma luneta e constatou que não são apenas as coisas humanas que passam nessa vida. As estrelas também passam. Em sua composição há uma substância, um tal de éter, que - ora, vejam! - constitui tudo o que na terra existe e..passa.
O meu desejo mais profundo seria dizer que eu não passo,“eu passarinho”. Mas se até o velho Quintana, que se dizia passarinhar, passou, então creio que eu e você também passaremos. Simples assim. Entretanto, toda simplicidade tem um não sei o quê de complexo que me é integralmente estranho. Algo tão perfeitamente complexo e estranho que eu junto daqui, prego dali, corto aculá, faço mil e uma transformações (adequações) para torná-lo simples, posto que, até chegar nesse ponto, o complexo já se tornou familiar e, portanto, suportável.
Um verdadeiro esforço humano pelo “assegurar-se”; uma busca intrépida por controlar os acontecimentos. Eis que entra em cena o pensamento científico. Nascido do esforço de fazer com que nada haja de diferente no mundo. E dá-lhe esquemas, teoremas, cálculos, estatísticas..isso e aquilo. E se Newton não explica, Freud explica.
Ou a Física explica. A Física. Ela marcou o início de um mundo secularizado, sem paraísos, um mundo sem estrelas. De repente, a morte se tornou um limite infranqueável que esvazia a vida de sentidos. Vejam Newton: ergueu o véu, olhou pro alto e plaft! – uma maçãzada na cuca. Morreu biruta o rapaz. Agora, descansa em paz, quem sabe ao lado das estrelas de éter que partiram do reino do céu para.. pra onde hein? Pra onde se vai quando se deixa o céu? Where do all the stars go when they fade away?
Para onde vou eu - passageira que nem fez questão de comprar o bilhete de viagem – quando o trem começar a apitar? Piui! Piui! Será que dá pra passar a bola, tipo batatinha quente? Ou, como no pôquer, se abster do “check”, já que o prêmio nem é lá grande coisa? Afinal, nesse céu não há mais estrelas..
Mas, veja bem, não pretendo com isso dizer que a Ciência tira a graça da coisa toda, não mesmo. Certamente, ela perde de mil a zero para aquelas pedagogas dos serviços de orientação escolar, sabe? - as tias da beleza “puro pó-de-arroz”, cuja única fonte de prazer é falar sobre as “coisas sérias da vida” para uma platéia de jovens que estão com os hormônios, no mínimo, a 100 graus Celsius. Nada disso, longe de mim essa comparação. Não faz meu tipo cometer injustiças. Eu gosto da Ciência, gosto muito. E sou uma céptica.
Minha paixão pelas coisas do mundo me leva ao cepticismo. A um distanciamento preventivo diante do mistério. Ergo o véu, à la Newton, mas no lugar de maçãs, me vêm à face estrelas cadentes, que, embora finitas, são o que há de mais eterno pra essa passageira que vos fala. Lapsos de eternidade para uma vida tão breve. Eternas, materiais e surreais. Acasos singulares. Ou como dizia o velho Mário: "o encanto sobrenatural que há nas coisas da Natureza!..se nela algo te dá encanto ou medo, não me digas que seja feia ou má, é, acaso, singular”.
ANTIGAMENTE, nossos antepassados olhavam as estrelas com a certeza de que elas sempre estariam lá, coladinhas no céu. Mas, num belo dia, (e eu ainda haverei de entender por que toda revelação sempre se dá num belo dia, e tenho certeza que isso se dará num belíssimo dia) elas se foram. Alguém mirou a abóbada celeste com uma luneta e constatou que não são apenas as coisas humanas que passam nessa vida. As estrelas também passam. Em sua composição há uma substância, um tal de éter, que - ora, vejam! - constitui tudo o que na terra existe e..passa.
O meu desejo mais profundo seria dizer que eu não passo,“eu passarinho”. Mas se até o velho Quintana, que se dizia passarinhar, passou, então creio que eu e você também passaremos. Simples assim. Entretanto, toda simplicidade tem um não sei o quê de complexo que me é integralmente estranho. Algo tão perfeitamente complexo e estranho que eu junto daqui, prego dali, corto aculá, faço mil e uma transformações (adequações) para torná-lo simples, posto que, até chegar nesse ponto, o complexo já se tornou familiar e, portanto, suportável.
Um verdadeiro esforço humano pelo “assegurar-se”; uma busca intrépida por controlar os acontecimentos. Eis que entra em cena o pensamento científico. Nascido do esforço de fazer com que nada haja de diferente no mundo. E dá-lhe esquemas, teoremas, cálculos, estatísticas..isso e aquilo. E se Newton não explica, Freud explica.
Ou a Física explica. A Física. Ela marcou o início de um mundo secularizado, sem paraísos, um mundo sem estrelas. De repente, a morte se tornou um limite infranqueável que esvazia a vida de sentidos. Vejam Newton: ergueu o véu, olhou pro alto e plaft! – uma maçãzada na cuca. Morreu biruta o rapaz. Agora, descansa em paz, quem sabe ao lado das estrelas de éter que partiram do reino do céu para.. pra onde hein? Pra onde se vai quando se deixa o céu? Where do all the stars go when they fade away?
Para onde vou eu - passageira que nem fez questão de comprar o bilhete de viagem – quando o trem começar a apitar? Piui! Piui! Será que dá pra passar a bola, tipo batatinha quente? Ou, como no pôquer, se abster do “check”, já que o prêmio nem é lá grande coisa? Afinal, nesse céu não há mais estrelas..
Mas, veja bem, não pretendo com isso dizer que a Ciência tira a graça da coisa toda, não mesmo. Certamente, ela perde de mil a zero para aquelas pedagogas dos serviços de orientação escolar, sabe? - as tias da beleza “puro pó-de-arroz”, cuja única fonte de prazer é falar sobre as “coisas sérias da vida” para uma platéia de jovens que estão com os hormônios, no mínimo, a 100 graus Celsius. Nada disso, longe de mim essa comparação. Não faz meu tipo cometer injustiças. Eu gosto da Ciência, gosto muito. E sou uma céptica.
Minha paixão pelas coisas do mundo me leva ao cepticismo. A um distanciamento preventivo diante do mistério. Ergo o véu, à la Newton, mas no lugar de maçãs, me vêm à face estrelas cadentes, que, embora finitas, são o que há de mais eterno pra essa passageira que vos fala. Lapsos de eternidade para uma vida tão breve. Eternas, materiais e surreais. Acasos singulares. Ou como dizia o velho Mário: "o encanto sobrenatural que há nas coisas da Natureza!..se nela algo te dá encanto ou medo, não me digas que seja feia ou má, é, acaso, singular”.
domingo, 7 de outubro de 2007
"TROPA DE ELITE"
Então, sábado, fui conferir o filme-sensação da temporada. Mesmo depois da pirataria deslavada que espalhou cópias ilegais da produção - cerca de 1 milhão - pelos quatro cantos do país, os 350 assentos da sala do cinema estavam “dominados”. Aposto que boa parte das pessoas que lotavam a sessão já tinham assistido à versão unfinished do filme. Mas, lá estavam elas, no escurinho, de frente pra telona, ávidas por mais uma dose de “Tropa de Elite”.
Se o autor deste post fosse o Capitão Nascimento (personagem principal da trama de José Padilha) a referência à platéia seria algo do tipo "esses estudantezinhos e essa burguesia, financiadores do tráfico, que sobem o morro para fumar maconha e cheirar". Porém, a autora do texto é esta que vos fala e a história do 'osso duro de roer' daí de cima é mais ou menos assim:
Rio de Janeiro, 1997 - Como todos os policiais conhecidos pela patente e pelo nome de guerra, ele é o Cap. Nascimento (Wagner Moura), do Batalhão de Operações Especiais – BOPE - do Rio de Janeiro. Neste ano, ele é encarregado de apaziguar o Morro do Turano. Era o ano da visita do Papa à cidade, e o morro ficava bem em frente ao hotel onde a sua santidade ia se hospedar – e ninguém queria que o papa fosse alvo de bala - nem perdida, nem achada. Embora contrariado, Nascimento tem que cumprir as ordens, pois “ordens são ordens”. Pressionado com as cobranças profissionais e familiares, ele sente na pele os efeitos do estresse. Frente à perspectivas de ser papai (sua esposa está grávida) o capitão decide que a hora de parar se aproxima. Neste clima, é chamado para uma emergência. Nascimento e sua equipe têm que resgatar dois aspirantes a oficiais da PM: Neto(Caio Junqueira) e Matias (André Ramiro), em meio a um fogo cruzado em um baile funk num morro da cidade. Os dois rapazes, desiludidos com a PM, se ludibriam com a eficiência do BOPE. Pouco tempo depois, os dois se candidatam ao curso de formação da Tropa de Elite, que os admite no curso chefiado por Nascimento. Para o capitão, o substituto ideal seria um homem de mente (inteligência) e coração (coragem) fortes. Matias tinha a inteligência; Neto, a coragem. >> [O resto vocês vão conferir no cinema]
O capitão Nascimento é pária da guerra travada diariamente nos morros cariocas. Uma guerra que é vista de formas variadas pela mídia, pelos sociólogos, assistentes sociais, moradores de favelas, classe média e terceiro setor. Bom, segundo o capitão Nascimento, o maior culpado pela guerra são os consumidores. E isso fica claro na seguinte cena: ele invade a favela a procura de um traficante e, de quebra, encontra um grupo sentado em banquinhos numa praça. Os policiais chegam ‘quebrando tudo’, dando tiro e tapa na cara, a torto e a direita, mandando todo mundo ficar enfileirado de cabeça baixa. O primeiro sujeito a ser interrogado sobre o paradeiro do traficante chora e se diz estudante. Leva mais tapa na cabeça, e mais tapa, e mais tapa, até ter o rosto esfregado no corpo de um traficante ensangüentado. É então que o Cap. Nascimento diz aos berros: "Você sabe quem matou esse cara? Hein? Você sabe quem matou esse cara? Foi você, chincheiro de merda, estudantezinho! Foi você quem matou esse traficante!".
Depois dessa cena, pensa só: Quantas pessoas que estavam lá assistindo ao filme não se sentiram interpeladas? Afinal, como todos sabemos, são os público A, B e parcelas do C, que têm certa condição financeira para ir ao cinema, os consumidores majoritários de tóxicos neste pais. Não se trata de uma crítica o que digo. Mas é no mínimo uma observação digna de reflexão.
Imagina o dilema do sujeito que foi assistir ao filme com a namorada, ou com os amigos, e depois vai a uma social num apartamento no Leblon, cheio de gente bonita, descolada e pa..altos drinques e tal? O mesmo se aplica – e por que não? - à equipe de produção do filme. O pessoal subia o morro para fazer um filme sobre a violência carioca e depois descia para fumar um beck em casa ou ver seus amigos acendendo um.
Aí, digamos que o cara caia num conflito ético ou coisa do tipo; no mínimo, pra aliviar a neura, ele vai se agarrar à falha alheia. Quer dizer, “ah, mas os PMs são um bando de corruptos fdp!”, diriam. E se sentiriam mais leves. Afinal, culpa dividida..é culpa de ninguém. Mas quem é esse outro lado de que eles falam?
Bom, 'eu' falo de um policial que ganha R$ 700 e tem um péssimo treinamento. Que tem que subir favela para ‘caçar’ traficante e encarar granada e metralhadora. Não que isso justifique o mau caratismo do dito cujo. Mas se a gente pensar que o caráter de um homem é moldado pelo contexto em que ele se insere, pelas condições do meio e tal, aí a coisa muda de figura. O pensamento é assim mesmo, trágico. O filme mostra isso claramente. Na narrativa dramática de Tropa de Elite está estampada a tragédia carioca. Digo mais, lá se encontra a tragédia no seu sentido mais clássico, livre das preocupações morais datadas.
E ainda teve gente reclamando dos palavrões (só o que tinha de madame censurando o ‘vocabulário chulo’ dos personagens depois da sessão, nossa!) Agora, digam-me, alguém já viu policial falar assim: “Com licença seu traficante, será que o senhor poderia fazer a gentileza de vir aqui para lhe dar um tirozinho com minha pistola calibre 22? Prometo não acertar no rosto para não prejudicar o enterro”. Já viram?
É de dar dó.
Assistam ao filme, que o osso é bom. Vale a pena e nem é tão duro de roer assim.
Se o autor deste post fosse o Capitão Nascimento (personagem principal da trama de José Padilha) a referência à platéia seria algo do tipo "esses estudantezinhos e essa burguesia, financiadores do tráfico, que sobem o morro para fumar maconha e cheirar". Porém, a autora do texto é esta que vos fala e a história do 'osso duro de roer' daí de cima é mais ou menos assim:
Rio de Janeiro, 1997 - Como todos os policiais conhecidos pela patente e pelo nome de guerra, ele é o Cap. Nascimento (Wagner Moura), do Batalhão de Operações Especiais – BOPE - do Rio de Janeiro. Neste ano, ele é encarregado de apaziguar o Morro do Turano. Era o ano da visita do Papa à cidade, e o morro ficava bem em frente ao hotel onde a sua santidade ia se hospedar – e ninguém queria que o papa fosse alvo de bala - nem perdida, nem achada. Embora contrariado, Nascimento tem que cumprir as ordens, pois “ordens são ordens”. Pressionado com as cobranças profissionais e familiares, ele sente na pele os efeitos do estresse. Frente à perspectivas de ser papai (sua esposa está grávida) o capitão decide que a hora de parar se aproxima. Neste clima, é chamado para uma emergência. Nascimento e sua equipe têm que resgatar dois aspirantes a oficiais da PM: Neto(Caio Junqueira) e Matias (André Ramiro), em meio a um fogo cruzado em um baile funk num morro da cidade. Os dois rapazes, desiludidos com a PM, se ludibriam com a eficiência do BOPE. Pouco tempo depois, os dois se candidatam ao curso de formação da Tropa de Elite, que os admite no curso chefiado por Nascimento. Para o capitão, o substituto ideal seria um homem de mente (inteligência) e coração (coragem) fortes. Matias tinha a inteligência; Neto, a coragem. >> [O resto vocês vão conferir no cinema]
O capitão Nascimento é pária da guerra travada diariamente nos morros cariocas. Uma guerra que é vista de formas variadas pela mídia, pelos sociólogos, assistentes sociais, moradores de favelas, classe média e terceiro setor. Bom, segundo o capitão Nascimento, o maior culpado pela guerra são os consumidores. E isso fica claro na seguinte cena: ele invade a favela a procura de um traficante e, de quebra, encontra um grupo sentado em banquinhos numa praça. Os policiais chegam ‘quebrando tudo’, dando tiro e tapa na cara, a torto e a direita, mandando todo mundo ficar enfileirado de cabeça baixa. O primeiro sujeito a ser interrogado sobre o paradeiro do traficante chora e se diz estudante. Leva mais tapa na cabeça, e mais tapa, e mais tapa, até ter o rosto esfregado no corpo de um traficante ensangüentado. É então que o Cap. Nascimento diz aos berros: "Você sabe quem matou esse cara? Hein? Você sabe quem matou esse cara? Foi você, chincheiro de merda, estudantezinho! Foi você quem matou esse traficante!".
Depois dessa cena, pensa só: Quantas pessoas que estavam lá assistindo ao filme não se sentiram interpeladas? Afinal, como todos sabemos, são os público A, B e parcelas do C, que têm certa condição financeira para ir ao cinema, os consumidores majoritários de tóxicos neste pais. Não se trata de uma crítica o que digo. Mas é no mínimo uma observação digna de reflexão.
Imagina o dilema do sujeito que foi assistir ao filme com a namorada, ou com os amigos, e depois vai a uma social num apartamento no Leblon, cheio de gente bonita, descolada e pa..altos drinques e tal? O mesmo se aplica – e por que não? - à equipe de produção do filme. O pessoal subia o morro para fazer um filme sobre a violência carioca e depois descia para fumar um beck em casa ou ver seus amigos acendendo um.
Aí, digamos que o cara caia num conflito ético ou coisa do tipo; no mínimo, pra aliviar a neura, ele vai se agarrar à falha alheia. Quer dizer, “ah, mas os PMs são um bando de corruptos fdp!”, diriam. E se sentiriam mais leves. Afinal, culpa dividida..é culpa de ninguém. Mas quem é esse outro lado de que eles falam?
Bom, 'eu' falo de um policial que ganha R$ 700 e tem um péssimo treinamento. Que tem que subir favela para ‘caçar’ traficante e encarar granada e metralhadora. Não que isso justifique o mau caratismo do dito cujo. Mas se a gente pensar que o caráter de um homem é moldado pelo contexto em que ele se insere, pelas condições do meio e tal, aí a coisa muda de figura. O pensamento é assim mesmo, trágico. O filme mostra isso claramente. Na narrativa dramática de Tropa de Elite está estampada a tragédia carioca. Digo mais, lá se encontra a tragédia no seu sentido mais clássico, livre das preocupações morais datadas.
E ainda teve gente reclamando dos palavrões (só o que tinha de madame censurando o ‘vocabulário chulo’ dos personagens depois da sessão, nossa!) Agora, digam-me, alguém já viu policial falar assim: “Com licença seu traficante, será que o senhor poderia fazer a gentileza de vir aqui para lhe dar um tirozinho com minha pistola calibre 22? Prometo não acertar no rosto para não prejudicar o enterro”. Já viram?
É de dar dó.
Assistam ao filme, que o osso é bom. Vale a pena e nem é tão duro de roer assim.
Assinar:
Postagens (Atom)